Embaixadora da República de Angola na Alemanha, Balbina Dias da Silva abre conferência da Chantham House
Moderada pelo Senhor Senhor Alex Vines, Director, do programa África da Chanthan House, a conferência virtual cujo tema foi “Opções de política para apoiar a recuperação econômica de Angola”, teve lugar na tarde de hoje, 07 de 10 de 2021, tendo contado com a participação do Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, destacados académicos como o professor Alves da Rocha, o Embaixador de Angola No Reino Unido, Geraldo Sachipengo Nunda, que encerrou o acto, a Embaixadora do Estados Unidos em Angola, assim como várias personalidades ligadas à instituição organizadora e seus parceiros.
Ao proferir ao discurso de abertura do Forum, para a qual foi convidada, a Embaixadora Balbina Malheiros Dias da Silva começou por fazer uma incursão sobre a volatilidade do preço do petróleo que, para além de expor à variados riscos qualquer economia dele dependente, potenciou tal exposição durante a pandemia da COVID-19 por conta de uma significativa redução da produção e a do consumo mundial.
Para a diplomata, a pandemia tornou-se num factor fracturante da economia real dos estados enquanto limitador da mobilidade das pessoas que à fazem pulsar, tendo dito que, para falar de recuperação económica, principalmente para os países do hemisfério sul, como é o caso de Angola devemos remetermo-nos à contradição da dicotomia – Pandemia versus Economia – porquanto o acesso às vacinal como factor de mobilidade beneficia os países industrializados, com mais de 80% de suas populações vacinadas, facto que vai, de certeza, continuar a aumentar o fosso das desigualdades entre os países dos dois hemisférios.
Balbina da Silva socorreu-se de números para afirmar que: «a economia angolana afundou 5,1% em 2020, tratando-se da maior queda do Produto Interno Bruto (PIB) em pelo menos quatro décadas, confirmando-se a quinta recessão económica consecutiva. Confirmou-se, também, uma quebra de 8,3% no sector petrolífero e de 3,6% no sector não petrolífero».
No entanto, disse a embaixadora, tais números registaram-se, no entanto, por conta de vários factores conjugados que foram agravados com o surgimento da pandemia COVID-19, tendo enfatizado que as reformas estruturais implementadas pelo Executivo Angolano visam, precisamente, proporcionar caminhos e condições para a transição para uma economia liderada pelo sector privado, consequentemente regulada pela “mão invisível do mercado”, sendo tal desiderato é o caminho mais curto para que cheguemos à necessária e urgente diversificação da economia.
«Temos terras virgens e aráveis; temos recursos hídricos em abundância; temos necessidade de produzir parte do chega à mesa dos nossos concidadãos; por isso, acredito que diversificar a economia em Angola passa por potenciarmos o investimento privado e/ ou público-privado no sector da agro-indústria, ela em si, também, geradora de postos de trabalho.
Nunca foi tão actual o slogan: – A AGRICULTURA É A BASE E A INDÚSTRIA O FACTOR DECISIVO”» salientou.
A Embaixadora de Angola na Alemanha recordou aos participantes sobre um recente pronunciamento público, Sua, Excelência, João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola falou da necessidade de termos capacidade para atingir o objectivo da diversificação da economia. Segundo o Presidente: citou – «O país não pode, de forma nenhuma, a médio e longo prazo continuar a depender quase exclusivamente do petróleo bruto».
Concluiu haver um alinhamento no pensamento estratégico do Governo de Angola ao tema trazem à debate, pela Chantham House, porquanto que, para Balbina da Silva, o percurso que nos levará a alcançar os objectivos preconizados clamam pelo engajamento e esforço de todos os cidadãos em especial pela contribuição de expertises que serão, certamente, produzidas durante a presente conferência que conta com a participação de notáveis académicos e executivos. Concluiu.
A Chatham House ‘e um instituto internacional, político e independente que promove debates e diálogos entre os mais diversos actores da arena internacional.
Existe há mais de 100 anos e tem como objectivo, ajudar governos e sociedades a construir um mundo mais pacífico, sustentável, próspero e justo.