A história de Mandume Ya-Ndemufayo é uma aula de resistência e fidelidade aos valores ancestrais.
Mandume ya Ndemufayo (1894 — Sul de Angola, 6 de Fevereiro de 1917) foi o 17º e último monarca do Reino Cuanhama ainda independente. Foi também, para todos os efeitos, o líder militar e político da Confederação dos Reinos Ovambos durante as batalhas do Sudoeste Africano, na Primeira Guerra Mundial.
Filho do rei Ndemufayo e da rainha Ndapona Shikende, Mandume ya Ndemufayo nasceu em 1884 nas terras do Reino Cuanhama, um estado nacional dos povos cuanhamas, do grupo etnolinguístico dos ovambos, do sul de Angola e norte da Namíbia.
Mandume ya Ndemufayo foi escolarizado por missionários protestantes alemães, naquilo que na altura era o Sudoeste Africano Alemão, a Namíbia de hoje, território ao qual ficou integrado boa parte do Reino Cuanhama e da sua população. Poliglota, falava alemão, português, inglês e cuanhama.
O livro “Mandume, o Rei dos Oukwanyama”, do escritor Arsénio Satyohamba, foi lançado no passado dia 5, na Ombala do Reino de Oukwanyama (OIPEMBE), no Cunene.
Com 340 páginas, o livro é, segundo o autor, “uma viagem ainda mais extraordinária pela vida e obra de um dos mais emblemáticos líderes da luta contra a ocupação colonial em África.
Trata-se de um romance baseado em factos reais, “narrativa longa e criada com diversos textos factuais da vida e obra do Rei Mandume, que resultou de uma grande indagação e longo período de pesquisa”.
Inicialmente com 400 páginas, o livro teve de ser reduzido em função dos custos de produção, segundo Arsénio Satyohamba, que se estreou na literatura em 2018 com o romance “TUKUBAMA TUKALA-CRÓNICAS de um Comando”.
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