Os desafios de mobilidade e as soluções para o Metro de Superfície de Luanda (MSL) vão, hoje, a debate, numa conferência internacional organizada pelo Governo, no Arquivo Nacional.
Sob o lema “Projecto Metro de Superfície de Luanda e os Desafios da Mobilidade”, a conferência conta com a presença dos ministro dos Transportes, Ricardo Viegas de Abreu, das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, da governadora de Luanda, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, quadros seniores de diversos departamentos ministeriais e outros especialistas nacionais e internacionais.
Em Abril deste ano, o Presidente da República, João Lourenço, criou uma comissão multissectorial, encabeçada pelo ministro dos Transportes, para preparar as condições para o lançamento da parceria público-privada responsável pela implementação do projecto Metro de Superfície de Luanda.
A Comissão é ainda integrada pelos ministros das Obras Públicas e Ordenamento do Território, do Interior, das Finanças, da Economia e Planeamento, da Energia e Águas e da Cultura, Turismo e Ambiente, a governadora de Luanda e o secretário do Presidente da República para os Assuntos Judiciais e Jurídicos.
A medida teve em consideração a urgência de melhorar a mobilidade na província de Luanda, bem como a sua requalificação, tendo em conta a política de investimentos para o desenvolvimento económico e social do país, no âmbito do Plano Director Nacional do Sector dos Transportes e Infra-Estruturas Ro-doviárias. O referido plano deve ser executado na base de uma redução sustentada dos encargos públicos com recurso a parceria público-privada que permita a viabilização financeira do sector.
As obras dos primeiros 30 quilómetros do Metro de Superfície de Luanda estavam, inicialmente, para arrancar no princípio deste ano, segundo anúncio feito pelo ministro dos Transportes, em Novembro do ano passado, durante um encontro com jornalistas.
No total, vão ser 149 quilómetros de extensão, estando o orçamento estimado em três mil milhões de dólares. O Governo previa concluir, no ano passado, a formalização da parceria público-privada e dar início ao processo para a construção da primeira linha do Metro de Superfície de Luanda.
A parceria com a Siemens Mobility contava com o suporte financeiro do Estado para o arranque do projecto, mas fruto das condições actuais, o Governo optou por “não ir por esta via”. “Estamos a acelerar o estabelecimento da parceria público-privada para o lançamento do projecto e contamos que, ainda este ano, possamos fazer a formalização final e dar início à construção da primeira fase da linha do metro de superfície com pelo menos 30 quilómetros no período indicado”, avançou.
fonte:J.A