As obras de construção do Hospital Geral do Zaire, em Mbanza Kongo, paralisadas em 2016, vão ser retomadas, ainda este ano, com um financiamento da Alemanha, anunciou a ministra de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira. Carolina Cerqueira falava no fim da visita a vários projectos de impacto social em Mbanza Kongo.
Projectado para 400 camas, o hospital, quando for concluído, vai oferecer serviços de saúde de alta tecnologia à população local.
“Viemos visitar este mega projecto. Já tem financiamento da Alemanha. Ainda este ano, pensamos que vão ser retomadas as obras para a conclusão da infra-estrutura”, afirmou.
Entre as especialidades previstas para a nova unidade hospitalar estão as de pediatria, hemodiálise, cardiologia. Está igualmente prevista uma Escola Técnica de Saúde que vai servir de base para a formação de quadros médios e técnicos para o manuseamento do equipamento tecnológico que vai ser instalado na unidade.
A ministra de Estado para Área Social reconheceu as dificuldades que a população do Zaire enfrenta neste domínio, porque o actual hospital provincial é exíguo para a grande procura dos serviços de saúde.
Considerou que a conclusão do novo hospital, cujo valor não avançou, vai oferecer serviços de alta tecnologia à população e mitigar as dificuldades que ainda enfrenta do ponto de vista do atendimento de saúde e medicamentoso.
Obras da centralidade
Em relação às obras da centralidade de Mbanza Kongo, a cargo da empreiteira “Omatapalo” e paralisadas em 2012, a ministra de Estado considerou que os 220 apartamentos projectados não satisfazem as necessidades dos jovens, sedentos por casa própria.
“Visitamos o conjunto de projectos que vão constituir a urbanização de Mbanza Kongo, com algumas residências.
Pensamos que é o início daquilo que poderá ser um projecto com maior dimensão, porque o número de casas projectadas não vai responder à procura da juventude, nem da população local. Tivemos a oportunidade de ver que há muita juventude na região, então temos que equacionar estes problemas. Vamos levar isso à consideração superior e certamente que vão ser tomadas decisões importantes que se venham juntar às preocupações que têm vindo a ser levantadas pelo governador local”, sublinhou.
Carolina Cerqueira referiu que a maior parte dos projectos previstos no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022 ficou condicionada por causa do surgimento da pandemia da Covid-19. Mas reafirmou a vontade do Executivo em materializá-los.
“Como temos salientado, a pandemia da Covid-19 veio regredir os grandes projectos que tínhamos no âmbito do PDN 2018/2022. Mas estamos com o mesmo compromisso e com a mesma decisão de aumentar a rede rodoviária e a oferta de moradias a nível de todo o país, sem discriminação de qualquer região, seguindo um plano de desenvolvimento sustentável, tendo em conta as questões demográficas, o número de habitantes por cada província e as necessidades das populações”, lembrou.
Disse ser por essa razão que tem trabalhado em várias províncias para o acompanhamento e constatação, com vista a ter uma imagem e conhecimento geral da situação social, dos projectos em curso e da necessidade de lançamento de novos projectos que vão aprimorar o atendimento à população nos domínios da saúde, educação e outros serviços essenciais.
Programa “Kwenda”
Quanto ao projecto de fortalecimento de Transferências Sociais Monetárias “Kwenda”, Carolina Cerqueira informou que está a ser executado de forma satisfatória em várias províncias e neste momento estão previstas as províncias do Uíge e Cabinda.
“O Kwenda oferece oportunidades de novos serviços. A partir do cartão Kwenda as famílias estão a ser empoderadas para fazer pequenos negócios e enfrentar as dificuldades do dia-a-dia. O Kwenda é o maior e mais robusto programa social do Executivo desde a Independência Nacional. E o facto de estarmos a trabalhar com equipamentos das novas tecnologias como o telefone e multicaixa está a levar o desenvolvimento e o progresso ao interior de Angola”, destacou.
A ministra de Estado para a Área Social visitou a província do Zaire na quinta e sexta-feira passadas.